Pedro
Cardoso
Há atores
para os quais o Teatro é uma segunda, senão primeira, casa, um local onde
regressam à infância feliz, à liberdade e criatividade sem barreiras. Pedro
Cardoso é, sem dúvida, um deles como podemos comprovar pela sua carreira.
Carioca nascido
a 31 de Dezembro de 1962, primo do ex-presidente da República Fernando Henrique
Cardoso, iniciou a sua vida no Teatro a trabalhar na iluminação das peça.
Interessou-se pela linguagem teatral e decidiu avançar, em parceria com o ator
Felipe Pinheiro, para a escrita e interpretação com peças como “ Bar, doce bar”, “ C de canastra”, “ A
besta” e “ A macaca”, trabalhando ambos igualmente como guionistas no programa
TV Pirata.
Depois da
morte por ataque cardíaco de Felipe Pinheiro, passou a escrever e atuar a solo.
Nesta fase mais próxima de nós, destacam-se peças como “ O autofalante”, “ Os
ignorantes” ou “ Todo o mundo tem problemas sexuais” com grande êxito no Brasil
e em Portugal, onde costuma vir em digressão.
Pedro Cardoso
também é um ator com grande sucesso na Televisão. Participa em grandes êxitos
como guionista na “Comédia da Vida Privada” e
ator em “ A Grande família” e, em 2008, foi nomeado por esta série para o Emmy.
Diogo Infante
Se há rosto
que em Portugal se associa ao Teatro, na nova geração, é o de Diogo Infante. Diogo
Nuno Infante de Lacerda nasceu em Lisboa, em 1967, estudou na Escola de Teatro
e cinema desta cidade e começou a trabalhar na peça “ As sabichonas de Moliére”
no Teatro Nacional D. Maria II, na década de 90.
Nas duas
décadas seguintes, protagonizou uma
percurso fulgurante. Não só como ator em todos os grandes papéis clássicos ,
mas também como encenador – em peças de Harold Pinter ou Tenesse Williams entre
outros – e também como Diretor artístico do Teatro Maria de Matos – entre 2006
e 2008 – e do Teatro Nacional D. Maria II – entre 2008 e 2011.
Tal como
Pedro Cardoso, Diogo Infante também revela uma grande versatilidade – protagonizou
várias séries e novelas, na Televisão, e
no cinema fez diversos filmes entre eles “ A sombra dos abutres”, de Leonel
Vieira, que lhe valeu o prémio de melhor ator no Festival de Gramado.
Autor: Rui
Marques