Se há imagem que associamos ao Alentejo é a dos seus trabalhadores rurais. Os latifúndios alentejanos perdem-se no horizonte e estão associados a histórias de resistência - como a de Catarina Eufémia, morta pela repressão salazarista - que fazem parte do imaginário português do Século XX.
Os trajes do campo são tão importantes para revelar a alma alentejana como os alimentos - azeite, vinho, gastronomia - as Igrejas de Talha dourada - ou as marcas das várias civilizações - como os Visigodos, os muçulmanos ou os romanos, que ocuparam o território correspondente ao actual Alentejo.
Nesta imagem, podemos ver um traje tradicional de Ceifeira, utilizado na ceifa diária : botas altas, meias grossas pretas, saias dos calções (é uma saia de riscado muito franzida, apanhando- -se esta depois, aos joelhos com uns cordões que se chamam “orelos” e entre as pernas prega-se com alfinetes de dama), uma blusa velhas, um chapéu preto chamado “aguadeiro” no Inverno, no Verão chapéus de palha, um lenço com riscas pretas e brancas.
Uma obra-de-arte de simplicidade e requinte, que retrata o que é o Alentejo e como esta Região tem uma identidade muito própria.
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R. Marques
#Alentejo