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– Uma casa luso-brasileira desenhada pela Língua portuguesa
Há homens que vêm do
Futuro. Aparecem para mudar as nossas vidas porque veem mais longe, mais
profundamente, desenhando o esboço do que serão as nossas sociedades nas próximas décadas.
Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares veio do
Século XXI. Nascido no Rio de Janeiro em 1907, marcou um antes e um depois na
História da Arquitetura Mundial, pela
sua visão heterodoxa do modo como deviam ser construídas as cidades.
Niemeyer definiu a sua
ideia da arte arquitectónica numa bela frase: não é a linha recta, dura e
inflexível que me atrai, mas a curva
livre e sensual que encontro nas montanha do meu país, nas ondas do mar, nas
corpo da mulher preferida”. Essa conceção artística da sua atividade era tão
brasileira como a Bossa Nova de Tom Jobim e Vinícius, ou o gingar da bola dos
meninos dos bairros do Rio de Janeiro.
Trabalhou com Le
Corbusier, participou na construção do
Edifício das Nações Unidas, foi autor de Projetos emblemáticos como a Igreja de
São Francisco de Assis em Belo Horizonte, o Parque de Ibirapuera em São Paulo ou o Pavilhão Brasileiro na Feira Mundial de
Nova Iorque. Mas se há obra-prima da visão como criador ela é, sem
dúvida, Brasília.
Brasília, a cidade do Futuro, da Ordem e Progresso, de
um Brasil aberto e ecologicamente responsável. Foi o responsável pelos
edifícios públicos da capital brasileira como o Edifício do Congresso, o Palácio do
Congresso ou a Catedral de Brasília.
Num momento muito
sensível, em que se encontra hospitalizado, o Sotaques Brasil/Portugal presta homenagem ao homem que veio do Futuro e
mudou a face arquitectónica do Brasil,
inspirando Gerações de Arquitectos em todo o mundo.
R. Marques