Alexandre Alberto de Serpa
Pinto ficou nos livros da História como um dos grandes exploradores do Continente
Africano. Nascido a 20 de Abril de 1846, no Concelho de Cinfães em Viseu, Serpa
Pinto foi excecionalmente precoce, ingressando no Colégio Militar aos dez anos e tornando-se,
quando ainda era aluno, no primeiro Comandante do Batalhão.
O Continente africano
estava na rota da vida de Serpa Pinto: viajou
pela primeira vez para o Zambeze, em 1869, numa expedição onde desempenhada
funções como técnico que avaliava a rede hidrográfica e a topografia local. O
objectivo desta missão era fazer o
reconhecimento do território e defender as pretensões portuguesas, numa época
em que África era o Continente de todas as ambições das Nações Europeias.
Em 12 de Novembro de 1877,
começa uma expedição ainda mais ambiciosa . A partida dá-se em Benguela, Angola, com a participação de
Roberto Ivens e Hermenegildo Capelo, e esta
segunda incursão por terras africanas sofre uma cisão no Bié, obrigando Serpa
Pinto a concluir a travessia em solitário percorrendo Angola, o Congo e partes
da Zâmbia, do Zimbabwe e da África do
Sul, concluindo-a em 1879.
Apesar de Portugal ter
perdido muitas das suas possessões africanas, com a querela do mapa-cor-de-rosa
que enfrentou o país a Inglaterra, a figura de Serpa Pinto foi elevada ao
estatuto de ícone nacional. Foi nomeado Cônsul em Zanzibar, em 1885, e Governador
Geral de Cabo Verde em 1894, e foi-lhe concedido o título nobiliárquico de
Visconde de Serpa Pinto pelo Rei D. Luís.
Morreu em 1900 como um
herói português. Um dos maiores exemplos de bravura e capacidade de ultrapassar
os obstáculos da História de Portugal, e
um nome incontornável nas páginas de grandes feitos dos portugueses.
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R. Marques