“
Quinto” é o novo Disco de António Zambujo
Poucos
artistas mostram tanta versatilidade e capacidade para reinventar um género
musical como António Zambujo. Neste novo
Álbum “ Quinto”, o Fado convive com a música brasileira e a música alentejana,
oferecendo ao público um cardápio de músicas tão variadas como magníficas.
Esta
capacidade para transformar a música num ponto de encontro de influências
artísticas, é uma constante na carreira musical de António Zambujo. Nascido em
Évora em 1975, desde novo revelou uma aptidão natural para a música: estou
Clarinete e apaixonou-se pelo Fado
participando e vencendo um concurso de Fado na cidade natal aos 16 anos.
Mais tarde
foi viver para Lisboa, onde cantou na
conceituada casa de Fados Sr. Vinho e também fez parte, interpretando o papel
do primeiro marido da diva Amália, no elenco da peça de Filipe La Feria “
Amália”. Viu editado o seu primeiro Disco “ O mesmo Fado” em 2002, seguiram-se
“ Por meu cante” em 2004, “ Outro sentido” em 2007, “Guia” em 2010, e
finalmente, em 2010, chega o seu quinto
Disco com o título “ Quinto”.
Em todos eles
nota-se a sua ligação profunda às raízes da canção alentejana e o desejo de
abrir o seu Fado a outras influências da lusofonia, sobretudo do Brasil. Essa
relação tão especial com o Brasil é uma das marcas mais fortes na música de
António Zambujo: em 2006, por exemplo, foi entrevistado por Jô Soares, cantou
em parceria com Roberta Sá, e foi
elogiado por Caetano Veloso, no seu blogue Obra em Progresso, que chegou a
compará-lo a João Gilberto, pela forma como canta docemente os seus Fados como
se cada palavra fosse uma celebração religiosa, um ritual divino.
E agora, em
2012, chega “ Quinto”, o seu último Álbum. Com letras, por exemplo, de autores
como Maria do Rosário Pedreira, João
Monge e do escritor angolano José
Eduardo Agualusa, outra grande figura da cultura lusófona com fortes ligações a
Caetano Veloso e ao Brasil.
O artista que
Portugal e o Brasil consagraram,
regressou, voltando a mostrar que o Fado pode enriquecer ainda mais a
sua criatividade e beleza,
abrindo-se ao diálogo com outros
géneros musicais.