Elis Regina: 30 anos de infinita saudade


 Hoje é um dia muito especial para a História da música popular brasileira. Comemoram-se trinta anos da morte de Elis Regina, a cantora que partiu de Porto Alegre para conquistar o Brasil e o mundo com a sua voz forte e as suas interpretações cheias de garra e personalidade.

Elis Regina nasceu em Porto Alegre em 1945 e foi um exemplo de precocidade: aos 11 anos cantou pela primeira vez na rádio Farroupilha da terra natal, chamando logo ali a atenção para o seu extraordinário timbre de voz quente e profundo. Aos 18 foi para o Rio de Janeiro, na companhia do pai, atuando nas rádios locais e no mítico Beco das garrafas, que era então o ponto de encontro dos artistas cariocas, mas foi em 1965, quando venceu o  I Festival de música brasileira, na rádio Excelsior,  com a música " Arrastão", que o fenómeno Elis explodiu em todo o país.

 Daí em diante sucedem-se as músicas e parcerias inesquecíveis: das músicas podemos destacar " Atrás da Porta", " Romaria", " O bêbado e equilibrista" ou " Como nossos pais", entre tantos êxitos. Das parcerias recordamo-nos das que fez com Chico Buarque e, claro está, da especialíssima dupla Elis/ Tom Jobim que cantava o hino da MPB " Águas de Março" .

Elis morreu precocemente há 30 anos, aos 36 anos. Mas a " pimentinha" como lhe chamava Vínicius de Moraes, permanece na nossa memória com a palavra mais bonita da língua portuguesa: saudade, infinita, saudade. 
 

Autor: Rui Marques