Os livros de Rubem Fonseca são indissociáveis da sua vida profissional como polícia: as personagens são marginais, prostitutas, polícias, políticos corruptos que se misturam num caldo de cultura onde o bem e o mal, a justiça e a ilegalidade se confundem. Exemplo disso é a magnífica obra " Agosto" um fresco de época do período do Governo de Getúlio Vargas, relatando as conspirações que levaram ao seu suicídio e onde, ironicamente, a personagem principal é um detective privado.
Obras como " O Caso Morel", a " A grande Arte" ou "Diário de um fescenino" comprovam o selo de qualidade deste autor. Com uma prosa enxuta, seca, directa que o tornam num escritor reconhecível e com um estilo inimitável.
Rubem Fonseca venceu o prémio Camões em 2003. Prémio mais do que merecido para quem é um dos maiores embaixadores culturais do Brasil e de Minas Gerais.