Um escritor carioca com vocação universal
Joaquim Maria Machado de
Assis é o escritor brasileiro mais universal.
O seu nome consta em Antologias literárias ao lado de figuras canónicas
da Literatura mundial como Pessoa, Shaeskpare, Balzac, Dante ou Thomas Man.
Nascido no Morro do
Livramento em 1899, no Rio de Janeiro numa família pobre, nunca chegou a estudar na Universidade.
Característica que compartilha, por exemplo, com grandes escritores portugueses
como Fernando Pessoa ou Sophia de Mello Breyner, o que não o impediu de
tornar-se no maior escritor da História do Brasil.
A sua avidez pelo
conhecimento e enorme bagagem cultural,
levaram a que fosse eleito, por unanimidade, o primeiro Presidente da Academia
Brasileira de Letras. Foi decisivo para tal,
a sua brilhantez literária , com textos escritos em vários géneros como
a crónica jornalístico, o conto, a poesia e o romance, que desenvolveu
paralelamente a uma bem sucedida carreira
em cargos públicos nos Ministérios do Comércio, da Agricultura e das
Obras Públicas.
Entre outras obras-primas
deixou-nos “ Memórias póstumas de Brás Cubas”, “ Quincas Borbas” e sobretudo “
Dom Camurro”. Para muito o livro por excelência da História Literária do
Brasil, que nos gravita à volta dos ciúmes da personagem Bento Santiago em
relação à sua amada Capitu e o seu melhor amigo, criando uma atmosfera de
mistério que não abandona o leitor da primeira à última página.
Machado de Assis morreu em
1908, no Rio de Janeiro. Nasceu e morreu
carioca , mas a sua escrita deu a volta ao mundo e, o seu nome é recordado, como o de um mestre imortal da arte da
Literatura.
R. Marques
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