Dia Internacional do Jazz em Portugal e no Brasil


É fácil descobrirmos afinidades musicais entre o Jazz e os países lusófonos - nomeadamente  Portugal e o Brasil -  pelo que não espanta o grande número de portugueses e brasileiros que amam este género musical. A africanidade do ritmo, o modo compassado como se entoam as notas musicais, a alegria dos movimentos, tudo remete para uma ligação umbilical a África, que posteriormente conquistou  os Estados Unidos e ganhou  uma dimensão global. 
Neste Dia internacional do Jazz, só temos motivos para celebrar em Portugal e no Brasil. Em Portugal, entre outros nomes, temos de destacar Joel Xavier e Jacinta. 
Joel Xavier é um menino prodígio do Jazz português : começou a tocar guitarra clássica aos 15 anos, aos 19 participou num concurso de guitarristas , nos Estados Unidos, tendo sido considerado  um dos melhores cinco guitarristas do ano no país, músico eclético e criativo surpreendeu em 2001 com o Disco " Lusitano", que misturava música tradicional portuguesa, Jazz e Fado, e gravou o seu último Disco" Saravá", que é uma junção de ritmos lusófonos e brasileiros e Jazz. Jacinta é uma cantora portuguesa que ganhou projecção com a participação no programa " Chuva de Estrelas" da SIC, interpretando Ella Fitzerald, posteriormente foi estudar música para os Estados Unidos, voltando a Portugal onde a sua carreira musical passou pela participação em quatro Discos e vários espetáculos, onde devemos realçar a voz quente e a excelente capacidade de interpretação desta cantora que foi considerada por José Duarte, responsável do mítico programa de Jazz da Antena um, " Cinco minutos de Jazz", a cantora de Jazz portuguesa por excelência. 
No Brasil também há talentosos músicos de Jazz. Podemos destacar nomes como Derico - o saxofonista José Frederico Sciotti, que participa no programa do Jô - o também saxofonista Carlos Malta, o guitarrista Hélio Delmiro ou o trompetista Claúdio Roditi. O magnífico violoncelista Jacques Morelenbaum,,  que tem uma extensa lista de colaborações com os grandes nomes da Bossa Nova,  ou o Trio Jobim são outros  dois nomes incontornáveis no que diz respeito à interpretação dos clássicos da música Jazz no Brasil. 

Autor: Rui Marques