Entrevista com Sotaques: Lene Silva





Um Furacão de optimismo e felicidade. Assim é Lene Silva, a artista nascida no Estado do Piauí, que pôs todo o Brasil a dançar com o seu êxito “ Rala com Coxa”.

A Revista Online Sotaques falou com uma cantora que se encantou com Portugal, e que encontrou nos portugueses o optimismo característico do seu Brasil Natal. E, para a qual, Portugal passou a ter um lugar no seu coração e no seu percurso artístico, prometendo voltar cá muitas vezes. 

P – Como está a correr esta Promoção do seu trabalho  em Portugal ?
LS – Está a correr  tudo melhor do que eu imaginava : a aceitação foi  maravilhosa , os portugueses e brasileiros aprovaram e gostaram   do estilo das músicas, o que me deixa muito feliz. Obrigada a Deus e à  minha representante,  Ritmos e temas e  à Vanguarda,  que muito têm feito pela promoção do  meu trabalho.
P – Com que impressões ficou da cidade de Lisboa e dos portugueses ?
LS – Lisboa é linda, as pessoas são  muito simpáticas: tive uma recepção calorosa numa estação fria, fiquei encantada  com a Gastronomia, a Cultura, os Monumentos históricos, enfim,  tive uma troca de conhecimentos com amigos que fiz, e  fiquei com uma enorme vontade de conhecer alguns lugares onde não estive.
Por isso, a expectativa é enorme   para que eu volte brevemente.
P – A Lene começou muito nova na área da música. Como foi essa aprendizagem ?
LS – Foi fantástica,porque comecei no coral da igreja católica  : a minha família é muito católica, depois fiz barzinhos, e  fui  crescendo  gradualmente.
Na verdade,  aprendo todos os dias algo novo,  e estou focada nesse trabalho em Portugal,  porque sei que tenho muito a oferecer e a receber.
 P – Sente que estava predestinada a ser artista ?
LS – Sim,acredito que cada um de nós nasce com um dom.A arte completa a minha  vida. A vida no Mundo  precisa da arte,  ela envolve  o nosso dia a  dia.
Ela está em todo o lado: numa simples música que você escuta para se animar ou para comemorar algo especial. A minha missão é levar alegria às pessoas,  sejam elas quem forem.E aqui estou eu para fazer o verdadeiro fuzuê!
P – O seu êxito “ Rala com coxa” tornou-se um sucesso no Brasil. Estava à espera deste sucesso tão imediato ?
LS – Tudo que eu faço,além de amor,faço com muita fé.Então se o público está a gostar,   é sinal que consegui atingir o coração de cada um.
Quero levar essa energia positiva além do Brasil, fazer com que Portugal dance e se divirta comigo.  Vamos ralar com coxa !!!
P – Onde vai procurar inspiração ? Em que artistas se revê ?
LS – Tenho minha própria essência, fruto de todas as minhas experiências musicais,  que são variadas.Mas gosto de  Gilberto Gil, da  colega Ivete Sangalo,Danyela Mercury, por que não mencionar o rei do baião,  Luis Gonsaga,  que escutei muito  quando criança, Madonna e tantos outros.
Apesar de muitos deles,  não terem muito a ver com o meu estilo. Mas onde eu encontro a minha maior  inspiração , que me permite fazer  tudo com simplicidade,  amor e fé, é Jesus Cristo
P – Que características  tornam  a sua música tão popular ?
LS – O sentimento, a alegria e amor,a forma de interpretar e levar a mensagem até ao coração das pessoas.
P- Conhece a Música portuguesa e gosta de algum músico português em particular ?
LS – Sim aqui no Brasil desde criança escutávamos muito o vira-vira de Roberto Leal, mas amo o trabalho de Tony Carreira. Como vocês dizem: Tony Carreira é muito giro!
P – Estaria disponível para ter uma parceria musical com um artista português ?
LS – Sim com certeza! Seria um imenso prazer.
P – A Lene é do Piauí. Como é a sua Terra e o que a torna especial para si ?
LS – O povo piauiense é muito acolhedor e feliz. O nosso Estado é lindo:  tem muitas riquezas naturais, minerais, gastronómicas e culturais.
Como o famoso delta do Parnaíba,  que é o terceiro maior delta oceânico do mundo. A Serra da capivara em São Raimundo Nonato, Teresina,  a capital do Piauí é a única capital do nordeste que não possui litoral,mas essa falta  é compensada com a natureza e dois importantes rios o Parnaíba e Poty.
O nome Teresina é uma  homenagem à  mulher de Dom Pedro II, a Imperatriz Teresa Cristina: as suas ruas têm  nomes portugueses. É possível passear por Teresina, pela  sua cultura, história, artesanato, folclore, gastronomia típica, a sua natureza, os  seus Parques que formam extensos cinturões verdes, praticar desporto, e conferir a hospitalidade do seu povo.
No Piauí,  encontram-se os mais antigos sítios arqueológicos do Brasil e da América, considerados entre os mais importantes do mundo.Isso é apenas um pouco do Piauí,  que me vêm  na memória neste momento.
Existe muito mais. Espero que,  com o  nosso intercâmbio,  eu possa levar,  cada vez mais,   informações sobre meu Estado que tanto amo,  e outras maravilhas do Nordeste do Brasil.
P – Como é o Sotaque dos naturais do Piauí? A Lene conserva esse Sotaque ?
LS – Varia de região a região: há  lugares em  que o DE é DÍ,o Te é Tí,uns são normais,  outros  mais carregados, parecem cantados,mas que não têm nada a ver com o sotaque de Chayene da novela,  cheia de charme,  que está  a passar atualmente em Portugal.
Até porque em Sobradinho,  que é vizinho a Luis Correia litoral,  onde reside a minha mãe , as pessoas não falam daquela forma que é interpretada na Novela.
 P – Como vai ser a sua agenda de espectáculos em 2013 ?
LS –Vou  dividir a  minha Agenda entre Brasil e Portugal.
P – Que mensagem gostaria de deixar  aos seus fãs  portugueses através da Revista Sotaques Brasil/Portugal ?
LS – Quero agradecer o carinho dessas pessoas maravilhosas, que continuem a acompanhar-me ,a gostar do meu trabalho. Tenho muito o que mostrar,muita alegria a levar.
Na vida,  aprendi que não podemos baixar a cabeça e entristecermo-nos  com os problemas: temos de  erguer a cabeça,  e dar o máximo de nós, fazer a nossa  parte,  e ter esperança que  amanhã  tudo dará  certo.
Como dizem os Brasileiros, numa frase que é muito utilizada: “Sou brasileiro com muito orgulho e muito amor,  não desisto nunca”.
Apesar dessa crise, encontrei pessoas felizes em Portugal, lindas,  e com muita força de viver, esse optimismo  típico em  nós,  Brasileiros. E aguardem que “EU CHEGUEI PRA FAZER FUZUÊ”.
Obrigada à  minha representante Ritmos e temas,Vanguarda e à Revista  Sotaques por essa entrevista.Beijinho,  beijão,  e fiquem com Deus.
www.sotaques.pt – O Palco dos Artistas Portugueses e Brasileiros
R. Marques