Crónica de um Génio Português


paulodecarvalhoÉ isto um Génio. Com Paulo de Carvalho não há dúvidas: a voz perfeita, doce e forte simultaneamente, que nos conduz com uma mestria que só os grandes, os gigantes, alcançam.
Mais de duas horas de prazer por estar a ouvir cantar numa Língua Portuguesa que, diziam alguns, não teria as mesmas potencialidades que o mais comercial inglês para nos expressarmos na arte musical. Mentira, a Língua de Camões e de Fernando Pessoa, nasceu para ser cantada. É como uma Jóia esculpida sílaba a sílaba, que faz de cada peça do colar um manancial de significados, uma metáfora aberta para o infinito.
Paulo de Carvalho, acompanhado por um talentoso pianista, resgatou as cordas vocais e emocionais de um Tempo, de uma História, de um País. Hinos à Liberdade e à democracia como o eterno “ E depois do Adeus”, hinos ao amor adolescente como o inevitável “ Chamava-se Nini”, antigos e novos êxitos e até a sentida homenagem ao seu amigo Ivan Lins,  unindo Portugal e o Brasil, foram os momentos altos de um Concerto portentoso.
Um espectador emocionado não deixou de dizer, numa pausa entre músicas,  que o cantor era como o Vinho do Porto. Sem dúvida que é: Paulo de Carvalho é com todas as letras da nossa maravilhosa Língua, um Génio português.
R. Marques
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