A História milenar de Aveiro




As primeiras referências a Aveiro remontam a 26 de Janeiro de 959, mais precisamente ao documento de concessão da Condessa Mumadona ao Mosteiro de Guimarães de terras “ A suis terras in Alauario et Salinas”, o mais antigo topónimo das terras aveirenses. No século XIII, Aveiro foi elevada a Vila principal, desenvolvendo-se o povoado à volta da Igreja devotada a São Miguel.
D. João I e D. Duarte contribuíram para o desenvolvimento da Vila, o pri
meiro mandando construir muralhas, enquanto o segundo concedeu à Vila uma Feira Franca chamada Feira de Março que chegou até aos nossos dias. Outra figura importantíssima na História da localidade foi a filha de D. Afonso V, a princesa Santa Joana, que seria beatificada após a morte , que se dedicou à vida religiosa, recolhendo-se ao Convento de Jesus em Aveiro, onde viria a falecer em 1490. 
O primeiro foral de Aveiro foi concedido por D. Manuel I em 1515 e foi elevada a cidade no reinado de D. José I, em 1759 . Aveiro foi palco das lutas liberais com destaque para figuras aveirenses como José Estevão, conhecido como o Demóstenes português, um grande tribuno e deputado cujos duelos de oratória, no Parlamento, contra Almeida Garrett , ficaram célebres na História política nacional. 
Aveiro também foi um importante centro dos movimentos políticos contra Salazar, além claro de um expoente da chamada Arte Nova, existindo vários edifícios deste estilo arquitectónico. Localidade milenar, com uma Arquitectura rica, uma Gastronomia famosa, designadamente a Doçaria, uma ligação única com a Ria que faz com que a comparem a Veneza, Aveiro parece mais nova do que nunca, porque é uma cidade que sabe reinventar-se, conjugando a modernidade e a tradição. 

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R. Marques