Entramos num Concerto de Rodrigo Leão como crianças encantadas. Ouvimos os sons perfeitos que se propagam na sala, como se voltássemos a brincar no Parque, imunes a qualquer ruído supérfluo, a qualquer maldade, envolvendo-nos num Mar de música que nos acaricia os rostos e nos faz sentir humanos, abençoadamente humanos. Ontem no Coliseu do Porto, esse Mar veio até nós com uma intensidade brilhante, autêntica, natural. Fosse através da sofisticada orquestra que o acompanhava, de uma perfeição melódica sobrenatural, do acordeão que dançava à nossa frente ou dos violinos que nos faziam chorar ou rir intimamente, fosse pelos extraordinários convidados – Beth Gibbons, Neil Hannon ou Scott Matthews – cujas vozes ecoavam como um canto doce e infinito, vindo sabe-se lá de que Paraíso perdido.
Rodrigo Leão, a cada Disco, a cada Concerto, a cada música, a cada som que toca, mostra possuir o elixir da criatividade eterna. Tudo nele cresce, se reproduz e melhora – nada morre, nada se esgota, nada se banaliza.
Rodrigo Leão, a cada Disco, a cada Concerto, a cada música, a cada som que toca, mostra possuir o elixir da criatividade eterna. Tudo nele cresce, se reproduz e melhora – nada morre, nada se esgota, nada se banaliza.
Ontem fomos crianças. Levadas pela sábia mão deste espantoso artista que é Rodrigo Leão, em direcção ao Mar que nunca acaba, o Mar da grande Música !!!!
R. Marques
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