O Rio de Janeiro foi
declarado o que sempre foi: património cultural da humanidade pela Unesco, mas já o era muito
antes dessa consagração. A cidade do Corcovado, da praia repleta de garotas de
Ipanema, do Carnaval que inunda as ruas,
dos imortais hinos compostos por Tom Jobim e Vinícius de Morais é a
cidade maravilhosa, solar, única.
O epíteto de Cidade
maravilhosa vem de uma marcha que André Filho compôs para o Carnaval de 1935,
inspirada na ideia do escritor maranhense Neto Coelho e num programa de Rádio,
“ Crónicas da cidade maravilhosa”, apresentado por César Ladeira. Para sempre
ficou como o Hino do Rio.
A história do Rio de
Janeiro está ligada à Baía de Guanavara, que o explorador português Gaspar de
Lemos descobriu em 1502. À volta da Baía foi-se construindo uma povoação, nos primeiros anos da chegada dos portugueses
ao Brasil.
Capital dos reinos de
Portugal e do Brasil, em 1808, depois da Corte Portuguesa e o rei, D. João
IV, terem fugido das invasões
napoleónicas, a cidade conheceu um período de grande fulgor. Construíram-se
novos edifícios como a Real Academia Imperial de Belas artes, o Jardim
Botânico, a Academia militar ou a Biblioteca
e abriram-se os Portos marítimos, estimulando a actividade comercial.
O Rio cresceu e com a
independência tornou-se a capital do Brasil entre 1897 e 1960, quando Brasília
se tornou a capital federal. Mas a cidade não perdeu o encanto: cartão postal
do Brasil, com paisagens deslumbrantes, foi agora proclamada património
cultural urbano da humanidade pela Unesco e será, em 2012, sede de jogos do
Mundial de 2014 e em 2016 dos Jogos Olímpicos.
Trecho da Marcha “ Cidade
Maravilhosa”
Cidade Maravilhosa, cheia
de encantos mil
Cidade Maravilhosa,
coração do meu Brasil
R. Marques
www.sotaques.pt