Música: Miguel Araújo e Blasted Mechanism
Miguel Araújo ou a simplicidade inteligente de um autor de canções
Esta é a semana da
Selecção Nacional e decidimos aproveitá-la
para falar de novos valores da cultura portuguesa na Música, Literatura, Humor e Cinema. Há um Portugal inovador, diferente,
moderno com uma Cultura diversificada, que ultrapassa a tradicional imagem que se tem do país.
Começamos na música com
dois nomes: o cantor Miguel Araújo e o o grupo Blasted Mechanism. Miguel Araújo
é o novo fenómeno da música nacional com o seu álbum “ Os maridos das outras”,
que conquistou a crítica e o público.
Durante anos integrou o
grupo “ Azeitonas” até que se decidiu lançar a solo. Participou num espectáculo “ Como desenhar motas, cavalos e mulheres” com o humorista Nuno Markl – de quem
falaremos também esta semana – e tornou-se rapidamente um artista reconhecido
com canções inteligentes, que abordam o quotidiano de um modo perspicaz e
irónico.
Blasted Mechanism, um grupo do outro mundo
Em relação ao Blasted
Mechanism, estamos na presença de uma Banda que honra a noção de alternativo.
Nada neles é quotidiano, banal: da roupa que vestem à música, afirmam-se
como um hino à diferença e eles próprios
se definem como um Projecto artístico tocado por seres de outro mundo.
Fundados em 1995, os Blasted
Mechanism sobressaíram desde o início da sua carreira pelas apostas arriscadas
que faziam a nível musical, juntando música electrónica com outros géneros. Por
exemplo, na música We do álbum “ Sound of light” fizeram parceria com o mestre
da guitarra portuguesa António Chainho e, num álbum mais recente, “ Mind at
large”, recorreram à voz do falecido filósofo português, Agostinho da Silva,
para músicas como “Liberdade e destino”.